segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Em 2010 seremos 7 milhões de veículos

Recentemente eu vi uma reportagem nos jornais falando sobre o crescimento em 10% da frota de veículos em quase dois anos. São 678 mil veículos a mais desde fevereiro de 2008, ou seja, já estamos em quase 7 milhões de carros nas ruas da cidade.

Isto faz com que aumentem os congestionamentos e, consequentemente, a poluição atmosférica, pois os automóveis são os maiores responsáveis pelas emissões do CO2. O resultado: aumento dos problemas respiratórios, do efeito estufa, do aquecimento global e até do número de abortos espontâneos.

O pior disto tudo é que os números de compradores de carros só tende a aumentar. Uma pesquisa recente realizada com usuários da linha de trem da CPTM – aquela que passa pela Marginal Pinheiros – indica que o sonho de consumo daquelas pessoas é comprar um automóvel. E preste bem atenção: enquanto o trem anda tranquilamente, com ar condicionado e som ambiente, o trânsito está parado na Marginal, mas mesmo assim, as pessoas querem um carro.

O automóvel significa status. Quem tem carro, tem poder. Esta é a cultura gerada no inconsciente do brasileiro. Já dizia o antigo presidente Washington Luis: “Governar é construir estradas”, um tributo ao transporte rodoviário.

Nada contra os caminhoneiros. Aliás, eu quero parabenizá-los porque levam a economia de todo o Brasil no volante e nem sempre são valorizados. Só que o país poderia investir em outros meios de transporte, como o trem e o navio. Nós temos de buscar outras alternativas para gerar economia.

Agora voltando para a cidade de São Paulo. Eu sei que os especialistas vão dizer que temos de investir em metrô. OK, eu concordo. Só que para construi-lo levamos, pelo menos, quatro anos. Até lá vamos deixar a frota de veículos crescer sem freio? É preciso investir em meios alternativos, como a bicicleta, por exemplo. Você sabia que três milhões de paulistanos utilizam a popular “magrela” para ir ao trabalho ou a escola diariamente? Eles se arriscam entre este trânsito caótico da nossa cidade. Seria interessante ampliarmos as ciclofaixas e cicloredes em São Paulo. A iniciativa do Secretário de Esportes, meu amigo Walter Feldman, de criar uma ciclofaixa aos domingos foi genial. No entanto, é preciso ampliá-la e viabilizá-la para o dia a dia.

Ao mesmo tempo, fomentar a economia para os bairros. Deixar de concentrar tudo no centro. Todo mundo vem dos extremos trabalhar pela manhã e depois voltam todos para o mesmo local. Se na própria região existissem empresas as pessoas poderiam diminuir seus deslocamentos e isto traria muito mais qualidade de vida para todos.

Eu citei aqui algumas formas de colocarmos menos carros nas ruas. No meu site www.ricardoteixeira.com.br o debate continua. O que você pensa sobre o crescimento do número de automóveis? Você acha que São Paulo vai parar?

No chat, no blog e no twitter, www.twitter.com/rickteixeira, a discussão continua.

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Abs,

RT

2 comentários:

Florent Guignard disse...

Olá,

Vamos ver o impacto da linha amarela do metrô ! Assim como o rodoanel sul.

Acredito que o impacto dessas obras definirão a amplidão e a rapidez de realização das obras seguintes.

Para mim, faz tempo que carro deixou de ser sonho aqui, ao contrário das minhas perninhas.

At,
Florent

Fabiano disse...

Pensando nos deslocamentos diários dos ciclistas, gostaria que fosse tomada alguma providência para que a futura ciclovia sobre o Rio Pinheiros fosse concluída com acessos fáceis aos ciclistas nas regiões das pontes. Eu vi que ela só terá acesso no começo e no final. Isso não colabora em nada para o seu uso no dia a dia pela população que trabalha e vive na região, pois não há como acessar ou sair da ciclovia no meio do caminho.

Ah, a propósito... a Av. Paes de Barros e a Cassandoca bem que poderiam ter ciclofaixa, não? O asfalto desta última já vai ter que ser quase completamente recuperado...