quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Poluição já chega ao interior

Uma notícia recente nos jornais me deixou bastante preocupado: uma análise da CETESB demonstra de 60% dos paulistas vivem em cidades saturadas de gases poluentes. Ou seja, seis em cada dez pessoas respira ozônio, gás altamente nocivo a saúde que causa envelhecimento precoce do pulmão, doenças respiratórias e até câncer.

E mais: os resultados mostraram que 94 municípios estão em situação alarmante e a mancha de poluição cobre até o interior.

Os vilões são os carros, as motos e os caminhões. Em alguns casos, chegam a ser responsáveis por 70% da emissão dos gases tóxicos. Para se ter uma ideia os automóveis poluem 17 vezes mais e gastam 13 vezes mais energia por pessoa transportada do que os ônibus – em média um carro leva uma pessoa, enquanto que o ônibus, pelo menos 100. Em cidades com maior volume de veículos a poluição tem aumentado diariamente. Só para citar alguns exemplos: municípios como São José dos Campos, Piracicaba e Itu a venda de carros cresceu até 9,7%, enquanto que na capital São Paulo o aumento foi de 7,1%.

A inspeção veicular é uma aposta para reduzir a formação do ozônio. Em São Paulo ela já é obrigatória há algum tempo e tem conseguido resultados consideráveis. O Ministério do Meio Ambiente pretende expandir para todo o país em outubro deste ano.

Uma boa medida, mas não deve ser a única. O investimento em métodos alternativos de transporte coletivo deve caminhar a passos largos nas cidades. O Governador José Serra tem feito muito neste sentido ao construir três linhas de metrô simultaneamente aqui em São Paulo. O prefeito Gilberto Kassab, então, nem se fala! Investiu R$ 1 bilhão nas obras do metrô paulistano.

Ao mesmo tempo concentrar mais investimentos em corredores de ônibus e melhoria do transporte coletivo público, a regulamentação do transporte fretado – que retira das ruas 20 carros/dia – trabalhando em conjunto com o sistema municipal de transporte, a construção de ciclovias para uso em pequenos trajetos, enfim, pensar em novas formas de fazer com que as pessoas deixem os seus veículos em casa e ajudem a diminuir os níveis de poluição atmosférica.

Juntos, eu acredito, faremos com que o ar que respiramos seja muito mais saudável!

E você o que pensa sobre o assunto? O que podemos fazer para minimizar os problemas de poluição nas cidades?

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2 comentários:

Cristófalo disse...

Vereador,

Acredito que as linhas de metro teriam que se exoandir até a grande São Paulo, pois aí sim tirariam uma quantidade enorme de veículos das ruas.

Quanto à vistoria dos veículos, é uma excelente idéia, mas acredito que só deva ser obrigatória em cidades com mais de 150.000 habitantes. Em cidades menores, como não existe a possibilidade de conjestionamentos, os carros não chegam a poluir quase nada, pois os percursos percorridos são sempre pequenos.

Por exemplo, numa cidade como Araras ou Leme, não se anda mais de 10 km para atravessá-la inteirinha, e sem congestionamentos, os carros ficam ligados por muito pouco tempo.

As ciclovias também podem contribuir para a diminuição de veículos, mas só para pequenos deslocamentos. Muitos serviços de Moto-Entregas poderiam ser substituídos pelos ciclistas.

Transportes coletivos são uma ótima opção para quem trabalha longe de casa, mas com a restrição dos retados, foi dado um passo para trás nesse sentido. Pelo menos metade das passoas que moram numa distância média de 20 a 40 km do trabalho, optarão pelo carro como meio de transporte.

Um outro erro foi que no substitutivo ao PL dos fretados votado hoje na Câmara só se falou em liberar a Faria Lima, nos mesmos moldes da Berrini. Para quem trabalha nas imediações da Consolação, assim como na Paulista, são pessoas que tem cargos que na grande maioria são melhores remunerados e quase na totalidade existee a necessidade do uso de trajes sociais e o transporte constante de LapTops. Nesses casos a adesão ao veículo próprio será a maioria, para não dizer que quase a totalidade.

Eu nunca irei encarar um transporte público, de terno e gravada, portando equipamentos eletrônicos, é roubo na certa.

Existe o IDEAL e o POSSÍVEL. O ideal seria não haver mais carros circulando nos locais mais congestionados, pois é quando eles poluem mais. O posível é conseguir diminuir a quantidade de carros suprindo a demanda por locomoção com transporte coletivo, tanto público para quem pode como o privado para quem precisa.

Querer atingir o IDEAL é IMPOSSÍVEL.

Unknown disse...

Quando se trata de pessoas tecnicamente qualificadas para falar de transporte, com o bônus de serem usuários do transporte de fato, veem-se explanações do nível desta acima.

Quando se trata de cavalgaduras como Alexandre de Moraes (que nunca devia ter saído da FEBEM), tratar de transporte público, acontece essa absurda proibição aos fretados.

Um tiro no pé. O Estadão comprovou hoje. Os congestionamentos já aumentaram. E vão continuar aumentando. Tem gente que diz que pode fretado dentro da Zona do Kassab, mas a própria SMT está negando. Os fiscais da prefeitura proíbem parada, embarque e desembarque de fretados em estacionamentos particulares.

Vamos ver as "pérolas" que virão nos próximos dias, para tentar consertar essas cagadas. Se a própria funcionária do setor de cadastro de fretamento da SMT não sabia dizer o que é fretado eventual e o que é fretado contínuo...