quarta-feira, 5 de agosto de 2009

É o fim do mototáxi?

Infelizmente como demonstra os jornais de hoje (05/08) o mototáxi deve ser proibido na cidade de São Paulo. Muitos amigos meus da Câmara são contrários, os médicos, o secretário dos transportes, enfim, todos já se posicionaram contra o Projeto.

É uma pena porque as pessoas são contra sem antes conhecer a proposta ou fazer um grande debate com a sociedade. No meu Projeto-Lei a ideia é levar o mototáxi para a periferia, porque lá há poucas opções de transporte público e as pessoas são obrigadas a caminhar muito até chegar a um ponto mais próximo.

Eu sou especialista em trânsito e transporte há quase 30 anos e também sou contra a circulação de motos nos grandes corredores. Eu sou a favor da vida. Os acidentes envolvendo motociclistas acontecem no centro expandido. A gente não ouve falar das ocorrências na periferia. Então resolvi propor algo para melhorar a vida das pessoas que moram nos fundões, bem longe do centro e não tem acesso a esta variedade de transportes públicos que outros moradores têm.

Eu gostaria de fazer uma discussão pública sobre o tema e ouvir toda a população. Eu já vi muito mototáxi nos bairros mais afastados e tenho certeza de que estas pessoas poderiam opinar melhor sobre o assunto. Eu continuarei levando este debate para frente. Você que vive o problema sabe melhor do que ninguém como pode ser a resolução.

Participe das discussões aqui no blog, no site, no twitter. Envie suas propostas para Projetos-Lei.

Seja Vereador Junto Comigo!

Abs,

RT

3 comentários:

Camila Franco disse...

Sr. Vereador, acompanho os debates em sua rede social, no blog e no twitter. Nada me convence que essa medida seja a ideal para nossa cidade.
Continuo insistindo que reconhecer que a periferia carece de transporte público deveria implicar na adoção de estratégias que desenvolvessem esse segmento do transporte. O que impede a criação de novas linhas? É uma limitação burocrática, legal ou orçamentária?

Vereador Ricardo Teixeira disse...

Cara Camila em muitos casos a criação de linhas em áreas mais periféricas não é realizada porque poucas pessoas utilizariam a linha e ela ficaria ociosa boa parte do tempo. Então, por uma questão orçamentária, não é criada. Muito obrigado por participar dos debates! Assim saberemos realmente o que as pessoas pensam antes de aprovar ou vetar alguma lei. Um abraço, Vereador Ricardo Teixeira

Laisa Martins disse...

Bom dia Sr Ricardo Teixeira!

Sou mais uma munícipe prejudicada devido as medidas de nosso prefeito e secretário de transportes.
Sou uma manifestante, dentre vários outros passageiros prejudicados que apenas querem trabalhar. Apenas reivindico nosso "direito de ir e vir" da forma como convém.
Cadê a democracia de nossa cidade? Ninguém nos ouve...
Não queremos ser privilegiados, apenas queremos que o setor seja regulamentado de forma justa, com pontos de parada sim, sem precisar parar em qualquer lugar, pois sabemos que prejudica o trânsito pois também temos nossos carros.

Não somos burros, ao contrário da forma como estamos sendo tratados.

O Secretário Alexandre age como um hipócrita que nas reuniões fala uma coisa e na mídia fala outra.

Acredito sim que deve haver regulamentação, mas não proibição total e nem inviabilização do setor.

Participei da maior parte das manifestações em São Paulo, contra as restrições de fretados, acompanho o trabalho de vocês, contribuo com meus impostos e sou contra a "ditadura inrustida" da prefeitura de São Paulo.

Medidas importantes como estas, não podem ser implantadas como se fosse uma troca de "cuecas", deveria ter havido PLANEJAMENTO, MAPEAMENTO DAS ROTAS DOS FRETADOS, CERTIFICAR-SE QUE AS PESSOAS TERIAM COMO TRABALHAR! A cidade virou um CAOS em horários de pico.

Será que ninguém vai para a Av. Bandeirantes ás 18:00 hrs para ver?

Foi um desabafo e peço por gentileza que me diga qual é o site onde consta o projeto de lei apresentado na quarta-feira passada, pois quero analisar também.

Muito obrigada!