sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Carro menos poluidor? Só para exportação

É muito triste a reportagem que eu li hoje na Folha de S. Paulo sobre a produção de carros menos poluidores. As montadoras já produzem estes tipos de veículos, porém somente para exportação.

É um absurdo que esta tecnologia não esteja a serviço do próprio país. Nós não podemos deixar que interesses financeiros estejam acima das questões ambientais. Para se ter uma ideia, na Europa os veículos já saem de fábrica menos poluentes desde 2005.

De acordo com as regras do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – somente a partir de janeiro de 2014 carros novos de passeio e de passageiros movidos a gasolina ou a álcool terão de sair das fábricas emitindo, em média, 33% menos poluentes. O prazo para os carros a diesel é janeiro de 2013.

Para que esperar tanto tempo? Representantes das empresas insistem que é necessário tempo para que exista a "inovação tecnológica". No entanto, ela já está aí, só que a serviço internacional.

Outro ponto é a produção de combustível. Professores e técnicos do setor informam que a qualidade do combustível é muito ruim e influi diretamente na quantidade de poluentes emitidos.

Não adianta investir somente em transporte coletivo. Quem tem carro, não vai deixá-lo em casa para ir ao trabalho no transporte público. E cada vez mais aumentam as vendas de automóveis, graças a redução do IPI e juros, que facilitam demais a compra em até 60 meses.

Se a tecnologia existe temos de forçar para que ela seja utilizada aqui. O Brasil não sabe investir em recursos próprios e muito menos sabe poupá-los.

E você o que pensa sobre este assunto?

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2 comentários:

Florent Guignard disse...

Bonjour Senhor Vereador, parabéns pelo blog.
Como estrangeiro morando em São Paulo, fico com pena em saber do que está relatando.
Acredito que a causa de prazos tão demorados sejam feitos para que as industrias automobilísticas possam se adequar a (muito...) menor custo?
At,

Unknown disse...

Circulação de fretados

A liberação da Berrini para o embarque e desembarque dos passageiros dos ônibus fretados comprova que as medidas defendidas pelo setor de fretamento estavam corretas. “Sempre dissemos que o caos poderia ser evitado se o poder público tratasse pontualmente os corredores mais comprometidos — Paulista, Berrini e Faria Lima. O serviço de fretamento como um todo não seria prejudicado se o Governo tivesse debatido o tema amplamente com a comunidade técnica, passageiros e setor”, alega Jorge Miguel dos Santos, diretor executivo do Transfretur.
Ele acredita que as alterações ainda são pequenas diante da necessidade de reorganizar a atividade em toda a cidade e isto requer um estudo prévio dos impactos para a sociedade.

Para o representante do sindicato, é preciso sim, haver regras para a organização do trânsito, mas inviabilizar uma forma de transporte coletivo, ainda que privado, vai contra a tendência mundial que busca fazer com que as pessoas deixem de fazer uso do transporte individual. “A restrição dos fretados em São Paulo, no entanto, revela que a cidade quer mais fluidez para o trânsito de automóveis, já que restringe o transporte coletivo privado”, diz Horácio Figueira, consultor de trânsito e transportes.

Para os especialistas, em qualquer metrópole do planeta, os dirigentes tentam convencer as pessoas a utilizar o transporte coletivo, seja ele público ou privado.

De acordo com diretores do Transfretur, a ZMRF — Zona Máxima de Restrição de Circulação de Fretados — é equivocada, já que, ao invés de tirar os carros das ruas, que transportam apenas 1,3 passageiro por veículo, retira ônibus que transportam em média 39 ocupantes. “Cada ônibus de fretamento tira 20 automóveis das ruas”, alega Jorge Miguel dos Santos. “Não somos contra uma regulamentação para o setor, mas a proibição em 70 quilômetros quadrados do centro expandido, das 5 às 21 horas, prejudica não só a população de São Paulo, mas todos os trabalhadores que vêm de outras regiões do Estado para fazer girar a economia da Capital”.

Também é consenso entre os consultores de trânsito que a medida não melhora o tráfego e que não houve planejamento preliminar dos técnicos responsáveis para a adoção da restrição. “O mais importante é a regulamentação das avenidas Paulista, Berrini e Faria Lima, com bom senso e planejamento”, comenta o diretor. De acordo com o Transfretur, até o momento, já ocorreu a apreensão de 3 ônibus por fretamento na ZMRF.

Por ser impopular, desde o início da restrição, já houve diversos protestos de moradores e usuários insatisfeitos com a medida em vários pontos da cidade. Houve filas, tumultos nos bolsões e os ônibus que antes se espalhavam por toda a área, tiveram que se concentrar em 14 “bolsões”, mal instalados nas imediações do Metrô e CPTM. Esses sistemas de transporte não conseguem absorver a quantidade de passageiros deixados pelos ônibus fretados nos locais indicados. O Metrô, por exemplo, chega a levar 9 pessoas por metro quadrado e o transporte urbano vive superlotado e com deficiências em muitos trajetos.

A maioria dos passageiros reclama do desconforto e dos atrasos para chegar e sair do trabalho. Muitos estão levando de uma a duas horas a mais em seus trajetos. Outros já optaram pelo transporte individual ou pelos táxis, que passaram a fazer uma espécie de transporte de fretamento alternativo. “Está comprovado, o gasto com o ônibus fretado e mais os bilhetes para o transporte público oneram muito o bolso do consumidor, que ao fazer as contas vai preferir o conforto de seu próprio veículo”, avaliam os analistas econômicos. Até mesmo jornalistas, que cobrem trânsito, revelam que a medida da prefeitura “é um tiro no pé”, já que conseguiu desagradar todas as partes envolvidas.

Além do fretamento contínuo, o setor de turismo também está sendo severamente afetado: parques como Playcenter e da Mônica, que ficam na área de restrição, não conseguem trazer grupos para as atividades de lazer. As feiras e convenções também sofrem com o problema de circulação.

Fonte: Site Word Press